quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Infertilidade


Introdução

Há que procurar entender a diferença entre esterilidade e infertilidade, antes de se tentar definir este último. Ser estéril significa que não existe possibilidade de engravidar devido à ausência da produção de células reprodutoras. Mas, por outro lado, a infertilidade não está ligada à ausência total da capacidade de produção de células reprodutoras, ou seja existe a possibilidade de engravidar. Depois desta distinção é necessário perceber quando é que se pode falar de infertilidade. Só é considerado casal infértil quando este não consegue uma gravidez ao fim de um ano de actividade sexual regular, sem métodos de contracepção.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, ao fim de dois anos de infertilidade, o casal deve fazer exames complementares de diagnóstico.
Existem vários tipos de infertilidade. Na infertilidade primária, o casal nunca consegui engravidar anteriormente, enquanto, que na secundária, o casal já teve uma ou mais gestações precedentemente...
Em Portugal, estima-se que haja 500 mil casais inférteis, o que equivale a 10% da população. Recomenda-se então, que o casal procure ajuda especializada, se não tiver conseguido uma gravidez ao fim de dois anos ou ao fim de um ano, se a mulher tiver mais que 30 anos. Nas mulheres, o avanço da idade em que têm o primeiro filho é o principal factor a sua impossibilidade de conceber. Aos 35 anos a probabilidade a mulher engravidar em cada mês é de 20 a 25%, com o avanço da idade a probabilidade de engravidar começa a baixar de uma maneira significativa, de tal maneira que aos 38/39 anos a probabilidade de a mulher engravidar passa para os 10%. Outra das razões da infertilidade feminina passa também por algumas doenças sexualmente transmissíveis ou outras patologias do aparelho genital da mulher.
Porém, existem soluções para estes problemas, que podem ir desde a cirurgia até à fecundação in vitro com ou sem micro injecção de espermatozóides.

Se todos esses não resultarem, o casal pode sempre optar pela adopção.

Infertilidade Feminina

Causas de infertilidade feminina




Tanto na mulher como no homem, as principais causas de infertilidade são de carácter social (níveis de stress elevados), de carácter médico (obesidade extrema, anorexia nervosa, doenças graves, alterações da tiróide, abuso de drogas e medicamentos, álcool, tabaco, quimioterapia) e cerca de 20% não têm explicação.
Na mulher, a causa mais comum é ao nível da ovulação. Sem a ovulação os ovócitos não estarão disponíveis para a fertilização. Esta pode ser provocada por factores morfofisiológicos, como por exemplo as alterações da ovulação, lesões nas tubas uterinas, factor cervical, idade, factores imunológicos ou até por factores idiomáticos. O estilo de vida - incluindo o stress, dietas ou o desporto - podem afectar o equilíbrio hormonal da mulher. Mais raramente o desequilíbrio hormonal pode ser causado por condição médica grave, como o tumor na hipófise anterior, que pode ocasionar problemas na ovulação. Ainda há o caso de mulheres que sofrem vários abortos espontâneos ou que têm as trompas de Falópio bloqueados, impossibilitando a "viagem" dos ovócitos II até ao útero. Este bloqueio pode ser causado por doenças inflamatórias na pélvis, endometriose ou cirurgia de uma gravidez ectópica.
Doenças associadas à infertilidade feminina

ENDOMETRIOSE

No interior do útero há um revestimento que contém sangue e tecido. Durante o ciclo menstrual, as paredes do endométrio crescem preparando-se para a nidação. Se não ocorrer uma gravidez este tecido desintegra-se e ocorre o período menstrual. A endometriose é uma doença que se caracteriza pelo crescimento das placas de tecido endometrial, que normalmente só se encontra no revestimento interno uterino (endométrio), fora do útero.










TUMOR NA HIPÓFISE ANTERIOR





A hipófise é uma glândula endócrina do tamanho de uma ervilha, localizada na base do cérebro. É a sua parte anterior que regula e controla o sistema hormonal. Se esta não estiver a funcionar correctamente, corre-se o risco de não ocorrer o ciclo ovárico e o ciclo uterino na mulher.


Agora já existem tratamentos, mesmo sendo estes bastante dolorosos para as mulheres. O exame mais incómodo é a histerossalpingografia, mas em qualquer caso, todos os exames são susceptíveis de serem efectuados com anestesia e não há motivo nenhum para que sejam dolorosos.

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quarta-feira, 15 de outubro de 2008

infertilidade_masculina

infertilidade masculina

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Notícias do factor masculino


Uso de telemóvel provoca diminuição de espermatozóides http://diario.iol.pt/noticia.html?id=735619&div_id=4071

Computadores portáteis podem reduzir fertilidade masculina
http://www.portaldosalunos.com/noticias/noticia.php?id=3399


Um caso de infertilidade

Infertilidade Masculina

CAUSAS


A nível dos espermatozóides...



São vários os factores problemáticos relacionados com a morfologia e funcionamento dos gâmetas masculinos (espermatozóides). Estes incluem a azoospermia, a oligospermia, a astenospermia e a teratospermia. Por vezes, o esperma pode conter um número muito reduzido de espermatozóides, mas se a integridade destes não permitir a mobilidade/ progressão para a frente e consequente alcance do oócito II, acaba por este segundo factor ser mais relevante para a infertilidade do que propriamente o primeiro. Por outras palavras, um homem com baixa contagem de espermatozóides pode ser muito fértil, se os gâmetas forem capazes de se mover eficazmente.


AZOOSPERMIA

Caracteriza-se pela inexistência de espermatozóides no sémen e resulta na impossibilidade em pleno de conceber. Este problema relativamente raro pode apresentar várias causas:


-Insuficiência testicular primária devido a deficiências genéticas, criptorquidismo, lesão física das gónadas ou a ocorrência de papeira (inflamação das glândulas salivares) na adolescência;





-Obstrução, em que as vias genitais são bloqueadas impedindo a passagem de gâmetas para o exterior, ocasionada pela incidência de DST como a clamídia, a gonorreia e a sífilis; ou pela ausência de epidídimos e/ ou outras estruturas do sistema tubular como os canais deferentes.




-Inexistência de células germinativas, em que os tubos seminíferos são apenas constituídos por células de Sertoli. É devida a anomalias durante o desenvolvimento fetal, uso continuado de certos medicamentos, mas as causas deste fenómeno são normalmente desconhecidas (factores idiopáticos).

Pacientes que sofrem de azoospermia possuem em regra testículos reduzidos e externamente lisos.


OLIGOSPERMIA
Baseia-se na reduzida contagem de espermatozóides no ejaculado. Pode ser provocada por: desordens hormonais, obstrução, efeitos paralelos de tratamentos medicamentosos, tabagismo e consumo de substâncias nocivas em excesso, que causam uma quebra na produção de gâmetas. Há também a salientar o facto do homem vestir roupa muito apertada ou tomar banho regular de água quente, dado que há um aquecimento acentuado dos testículos que devem ser mantidos a uma temperatura de menos 2º C em relação à temperatura corporal. Pode-se ainda considerar também a ocorrência de hipertermia (elevação da temperatura de um organismo acima do normal), que é a causa da redução frequentemente temporária na contagem de espermatozóides, e as infecções que provocam a alcalinidade do sémen e a existência de células de pus altamente destruidoras neste.


Uma evidência de oligospermia é a existência de um sémen muito líquido e incolor.


ASTENOSPERMIA


Relaciona-se com a baixa mobilidade dos espermatozóides e ocorre quando o esperma contém uma percentagem de espermatozóides não activos superior a 50%. Dada esta anomalia, estes não podem migrar em direcção ao oócito II que se encontra na trompa de Falópio, ou se eventualmente o alcançar, a sua falta de resistência não lhe proporcionará o rompimento da camada externa do oócito II para que ocorra a cariogamia (união dos pronúcleos masculino e feminino).


TERATOSPERMIA

Liga-se à presença de espermatozóides disformes no sémen e ocorre quando a percentagem de espermatozóides com configuração anormal ultrapassa os 15% da contagem total. Os gâmetas irregulares não dão origem a crianças com deficiências, mas como estes são não fecundantes, são uma causa importante de infertilidade. A teratospermia pode estar associada à frequência com que se realizam raios-X, incidência de reacções alérgicas ou a formação de anticorpos anti-espermatozóides, cujo significado será explicado mais à frente.

Anomalias Primárias (antes da espermatogénese):
-Macrocefalia- cabeça grande;
-Microcefalia- cabeça pequena;
-Cabeça em raquete;
-Cabeça piriforme;
-Cabeça dupla;
-Peça intermédia dupla.

Anomalias Secundárias (após a espermatogénese):
-Cauda enrolada;
-Cauda dobrada.

Dentro das alterações espermáticas como a teratospermia, podemos ainda citar a necrospermia, que se caracteriza por uma baixa vitalidade dos espermatozóides, ou seja, o seu tempo de vida após a produção é muito curto para que possam atingir o gâmeta feminino e fecundá-lo. Deste modo, são muitos os que morrem durante o trajecto vagina – trompa.



A nível imunológico...




As células sexuais masculinas são “estranhas” ao organismo que as segrega, dado que possuem metade dos cromossomas das restantes células corporais. Assim e para que a reacção de defesa orgânica não se desencadeie, estes têm de ser produzidos atrás de uma “barreira imunológica” situada nas cavidades testiculares. Mas se algum factor possibilitar a saída de espermatozóides da “protecção” criada e contactar com o sangue, os agentes imunológicos produzirão anticorpos com vista ao “combate” dos espermatozóides contidos no líquido espermático, já que não são distinguidos de qualquer outro ser invasor. Este fenómeno quando estimulado é praticamente irreversível, visto que o sistema imunitário foi sensibilizado pelos próprios espermatozóides.



A nível do controlo hormonal...

A doença hipotálamo-hipófise é caracterizada pela hiper e/ ou hipo-formação de hormonas hipotalâmicas (GnRH) ou hipofisárias (LH e FSH), mas é entre as causas de infertilidade uma das menos incidentes. Pode existir em duas síndromas:


-Hipogonadismo Hipergonatrópico: níveis altos de gonadotropinas no organismo não são capazes de estimular os testículos.

-Hipogonadismo Hipogonatrópico: a produção de gonadotropinas é reduzida, pelo que os testículos não possuem receptores tão sensíveis ao pequeno estímulo. A anomalia pode ser originada por doenças testiculares ou alterações no complexo hipotálamo-hipófise.


A nível cromossómico...

Caso sucedam anomalias durante a espermatogénese, em que resulte um número irregular de cromossomas sexuais, estas terão repercussões por vezes crónicas no sistema reprodutor masculino. A infertilidade masculina deliberada por factores cromossómicos é das mais graves e sem cura, sendo reconhecidas duas síndromas:




SÍNDROMA DE KLINEFELTER Ocorre quando o homem apresenta um cromossoma X extra nas suas células, induzindo a destruição do epitélio seminífero e conduzindo à azoopermia permanente. O indivíduo nestas condições desenvolve características físicas próprias do sexo feminino, incluindo o desenvolvimento do tecido mamário, além de estatura elevada e testículos pequenos. Estudos denunciam que esta síndroma afecta uma em cada 500 crianças do sexo masculino.



SÍNDROMA XYY Caracteriza-se pela existência de um cromossoma Y extra nas células constituintes do indivíduo. Os homens portadores desta síndroma são fenotipicamente normais, porém apresentam estatura elevada, sendo o crescimento é mais notável na infância e espermatogénese deficiente ou inexistente. Em média, um em cada 1000 rapazes sofre desta anomalia.




A nível anatómico...
As alterações anatómicas reconhecidas como potenciais causas de infertilidade são:

  • Ejaculação Retrógrada- o esperma é bombeado para trás em direcção à bexiga, não atingindo assim o sistema reprodutor feminino. Afecta cerca de 1% da população do sexo masculino.


  • Síndroma de Kartagener- incapacidade de produzir espermatozóides móveis.


  • Varicocelo- síndrome anatómico de varizes escrotais devidas ao refluxo de sangue da veia renal na veia espermática (do abdómen para o escroto), por insuficiência valvular. Há uma acumulação ainda de CO2 e de substâncias nocivas às gónadas e subida da temperatura local, não compatível com a produção de espermatozóides. Pode desenvolver-se num testículo ou em ambos, mas em 85 a 95 % dos casos está envolvido o testículo esquerdo. Trata-se de uma patologia benigna, genética, atingindo cerca de 10 a 20 % da população masculina e desenvolvendo-se após a adolescência.


  • Cancro testicular- caracteriza-se pelo crescimento acentuado e invasor de células cancerígenas nos testículos. Pode ter incidência devido a exposição a químicos e infecções por HIV. Anualmente, surgem entre 6000 a 8000 novos casos deste tipo de cancro.


  • Criptorquidismo- entende-se pela não descida de um ou de ambos os testículos para o interior da bolsa escrotal onde se encontram normalmente alojados. Frequentemente, só um é que não desce e quando os testículos não descem até ao 3º mês de gestação, descerão poucos meses após o nascimento. Mas se eventualmente tal não se verificar, o criptorquidismo pode ser definitivo. Esta anomalia atinge uma em cada 125 crianças do sexo masculino, que chegam à idade adulta incapacitados na produção de espermatozóides viáveis, visto que a temperatura elevada do interior do abdómen não propicia a espermatogénese. No entanto, pode acontecer que haja apenas uma redução das células germinativas. Cirurgicamente este problema pode ser anatomicamente corrigido, porém a fertilidade é dificilmente restituída.


A nível da técnica de coito...


No homem podem ocorrer temporariamente ou de forma permanente, dificuldades durante uma relação sexual. Entre elas destaca-se a impotência, que se relaciona com a capacidade de conseguir uma erecção ou mantê-la até ao clímax. A disfunção eréctil pode ter duas vertentes: uma em que a causa são factores psicológicos e outras onde as causas orgânicas imperam. Este problema está presente principalmente em indivíduos já com uma certa idade. O impacto da idade evidencia-se quer na baixa qualidade do ejaculado (espermatozóides com baixa mobilidade e em quantidade mais reduzida), quer na actividade sexual reduzida, por perda do apetite sexual. Contudo, o declínio da fertilidade no homem com a idade não é tão acrescido como na mulher.


A nível do estilo de vida...


Aspectos relacionados com o local de emprego, assim como os hábitos de consumo de substâncias prejudiciais à saúde a longo prazo, são também uma das causas de infertilidade. Porém, a infertilidade assim determinada é pouco incidente, dada a dificuldade em avaliar estes factores externos.


Local de trabalho
Algumas substâncias como pesticidas, tintas de impressão e metais (chumbo, cádmio e mercúrio), identificados em locais de trabalho, afectam o epitélio seminífero humano. Estas toxinas causam alterações nos gâmetas e consequentemente têm impactos na fertilidade. Lubrificantes O uso destes produtos que facilitam uma relação sexual pode afectar a integridade dos espermatozóides ou ter carácter imobilizador.


Medicação


A utilização continuada de medicamentos pode reduzir o número de espermatozóides, além de diminuir o desejo e estímulo sexual. É o caso da medicação própria para curar úlceras no estômago e hipertensão, assim como os usados no tratamento do cancro, que destroem eficazmente as células germinativas em divisão.


Hábitos de consumo
Substâncias prejudiciais ao organismo como o tabaco e o álcool podem ocasionar, normalmente de forma sazonal, a oligospermia. O consumo de substâncias ilícitas como o haxixe e a cocaína, podem ainda levar à astenospermia, à teratospermia, à diminuição da líbido e à baixa produção de testosterona. Também os esteróides anabólicos (hormonas derivadas da testosterona que promovem o crescimento e divisão celular, resultando o desenvolvimento de tecidos) afectam a espermatogénese, por vezes de forma irreversível.

Métodos de Contracepção Cirúrgicos



Os métodos contraceptivos cirúrgicos como a laqueação de trompas e a vasectomia, como forma de contracepção definitiva conduzem à esterilidade, cujo significado diverge do de infertilidade.

Vasectomia





A vasectomia é um procedimento cirúrgico pelo qual um homem pode tornar-se estéril. Na vasectomia, os dois canais deferentes, pelos quais passa o esperma dos testículos até a vesícula seminal, são localizados e cortados, mediante uma pequena incisão no escroto. Em poucos meses o sémen não terá espermatozóides. Não há mudança na capacidade do homem em conseguir a erecção ou mesmo de desenvolver a actividade sexual após a cirurgia. A única diferença é a ausência de espermatozóides no esperma. A operação é com anestesia local, indolor e o período de recuperação é breve.


Quando é utilizada?

A vasectomia é um dos meios mais eficientes e seguros para obter controlo de natalidade e só deve ser realizada a pedido do homem. É importante assegurar-se de que este é um procedimento na maioria das vezes irreversível. Uma alternativa é escolher outros métodos de controlo de natalidade, portanto será necessário perguntar ao médico sobre as alternativas disponíveis.


O que acontece durante o procedimento?




A vasectomia é realizada sem a necessidade de internamento hospitalar, podendo ser feita no próprio consultório médico. Geralmente leva 15 a 20 minutos. O médico aplica uma anestesia local em dois lugares no escroto e realiza um pequeno corte na pele de cada lado. Os ductos deferentes são expostos no lado de fora, onde em seguida de cada um deles é retirado um fragmento. Desta forma cada pedaço do canal remanescente é amarrado com o propósito de não haver uma possível recanalização. Este procedimento é feito nos dois ductos, um de cada vez. Após esta etapa, os canais são colocados de volta na bolsa escrotal e a pele é fechada por pontos.



O que ocorre após o procedimento?

Poderá ir embora após o término da cirurgia. Pode haver um pouco de dor no local por 3 ou 4 dias após a operação e um pouco de sangue ou outro líquido pode escorrer pelo corte. A área em volta do corte pode inchar um pouco e a pele poderá ficar levemente azulada ou escurecida. O médico pode recomendar o seguinte:

- Colocar uma bolsa de gelo no local da cirurgia por duas horas após o procedimento;

- Permanecer em casa por 2 ou 3 dias;

- Evitar carregar pesos, no mínimo durante 1 semana;

- Usar cuecas mais justas de modo a conter a bolsa escrotal por 4 ou 6 semanas;

- Tomar um analgésico simples como o Paracetamol (Tylenol) para aliviar a dor no período pós-operatório;

- Voltar ao trabalho o mais rápido possível, geralmente após alguns dias.




É possível voltar a ter relações sexuais logo que o indivíduo que proceder à cirurgia se sinta à vontade para fazê-lo, o que ocorre geralmente após uma semana da cirurgia. Durante pelo menos um ou dois meses, este deverá utilizar outro método contraceptivo para evitar uma gravidez indesejada. Isso é necessário até que os espermatozóides reservados se esgotem e o teste de contagem (espermograma) for negativo.

Se o homem realizou uma vasectomia há mais de 20 anos atrás ou já tinha mais de 40 anos na ocasião da cirurgia, terá um risco maior de desenvolver cancro de testículo ou da próstata.




Quais são as vantagens da vasectomia?

- Método seguro para evitar a gravidez;

- Não é necessário que se tome nenhum tipo de pílulas ou outras substâncias;

- Não é necessário que haja interrupção do acto sexual.




Quais são os riscos associados a este procedimento?

- A anestesia local pode não fazer efeito totalmente e algum tipo de desconforto pode ocorrer;

- Também em alguns casos mais raros, pode haver uma reacção alérgica à medicação utilizada como anestésico;

- Os tecidos ao redor do corte podem ficar inchados;

- Pode haver hemorragia na região da operação;

- Existe a hipótese de que em meses após a cirurgia, espermatozóides ainda estejam presentes no esperma e isso acarretar em gravidez indesejada;

- Há ainda o risco de infecção.

Quais os efeitos secundários da vasectomia?

A epididimite, que é a inflamação do epidídimo na parte alta dos testículos, provoca febre, dor, mal-estar e requer repouso e antibióticos. Mas o mais grave são os anticorpos antiesperma, já que os testículos continuam a produzir espermatozóides e os mesmos não encontram saída ao exterior, acumulando-se e formando assim pequenos nódulos ou grânulos espermáticos. Estes grânulos constituem parte de uma reacção imunológica que trata de imunizar o indivíduo contra o seu próprio esperma, onde qualquer que seja a quantidade de espermatozóides produzidos pelos testículos, é destruída imediatamente como se fosse uma doença. Origina-se assim a impotência sexual.
O homem que realize a vasectomia tende ainda a engordar, sobretudo na parte baixa do corpo, nos glúteos. Estudos realizados em Oregon, Estados Unidos, têm vindo a comprovar que a vasectomia acelera o endurecimento das artérias e por isso os indivíduos que se submetem a este método de esterilização têm maiores probabilidades de sofrer ataques cardíacos.






Laqueação de Trompas




A laqueação de trompas consiste no método de esterilização feminina, caracterizado pelo corte e/ou ligamento cirúrgico das trompas de Falópio, que fazem a ligação dos ovários ao útero. Assim, as trompas impedem a passagem do oócito II e os espermatozóides não o encontram, não podendo haver fecundação.



O que acontece durante o procedimento?

É necessário que a pessoa seja internada e leve anestesia geral ou regional. Existem cerca de dez técnicas para este método contraceptivo: pode-se colocar anéis de plástico, queimar e cortar as trompas, clipes de titânio, fazer com fio de sutura, etc.



Quais os riscos associados a este procediemento?

Um dos possíveis problemas que podem ocorrer durante o procedimento é o médico dar um nó muito forte ou atingir as artérias quando cortar as trompas, prejudicando a circulação do ovário e prejudicando as suas funções. Pode ainda, em casos extremos, causar menopausa precoce.



Após a operação, o risco de gravidez da mulher é de menos de 1%. O uso de métodos contraceptivos torna-se desnecessário. Porém, este método não impede a mulher de contrair doenças sexualmente transmissíveis.



O que ocorre após o procedimento?

As mulheres que acabam de dar à luz podem ser esterilizadas de imediato depois do parto ou no dia seguinte, sem permanecerem no hospital mais do que o habitual. A decisão de realizar a cirurgia deve ser tomada com ponderação, visto que a mulher está sujeita a danos psicológicos e muitas chegam-se a arrepender de tê-la feito. A laqueação das trompas é reversível, sendo que cerca de 70% das mulheres que a fizeram podem tentar realizar a cirurgia de reversão. Dessas, 80% poderão ter a hipótese de engravidar. O grau de reversibilidade depende da lesão causada na cirurgia. As laqueações mais fáceis de reverter são as feitas com anel plástico ou clipes de titânio.
Cerca de 60% das pacientes que querem fazer reversão é porque mudaram de parceiro e os outros motivos principais são a perda dos filhos ou a mudança nas condições financeiras.